Há vários métodos para liquidar uma empresa nos Estados Unidos. Há que distinguir entre processos feitos em tribunal e fora de tribunal.
A empresa pode optar, através de uma resolução do seu Conselho de Administração, por entrar em liquidação de forma voluntária. Trata-se de um processo de “assignement for the benefit of creditors”. Neste caso a empresa entrega a sua administração a um administrador encarregado de a liquidar.
Fora isso também existem opções executadas em tribunal.
O processo de Chapter 11 é o mais conhecido nos media, trata-se de um processo reservado a empresas de maior dimensão e que pretendem reorganizar-se e continuar em funcionamento. Um exemplo actual é a GM.
O processo para empresas de menor dimensão é o Chapter 7. Há duas maneiras de entrar em Chapter 7. A primeira é a empresa decidir, de novo na sequência de um voto do seu Conselho de Administração, pela liquidação em tribunal. Trata-se de um processo voluntário. A segunda é o chamado processo involuntário ou seja, se existem três ou mais entidades às quais a empresa deve mais de $15.000 estas têm poder para forçar que a empresa entre em Chapter 7 se na sua opinião, existe uma probabilidade reduzida da empresa honrar os seus compromissos.
Chegamos assim à conclusão que o processo de falência nos Estados Unidos oferece mais protecção ao investidor do que parecia à primeira vista. O processo de Chapter 11, mais mediático, dá uma primeira impressão segundo a qual nos Estados Unidos as empresas entram em falência e depois saem ao fim de algum tempo. Isso é verdade, mas esconde o facto de muitas empresas de menor dimensão e que atravessam dificuldades não terem outra solução senão fechar as portas. A realidade é pois bastante semelhante ao que se passa na Europa no que toca ao essencial ou seja uma empresa de pequena dimensão que tenha dificuldades e não consiga pagar o que deve não tem outra opção senão entrar em liquidação.